domingo, 11 de maio de 2008

Proprietário de escola infantil preso por pedofilia

O educador paraense Raimundo Nonato Carlos Pereira, 59 anos, proprietário de uma escola infantil em Vitória da Conquista, foi preso nesta sexta-feira, (9) por agentes da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia (10ª Coorpin), por crime de pedofilia. Ele é acusado de ter fotografado duas meninas, de 8 e 9 anos, nuas e em poses eróticas, em um barraco mantido por ele num acampamento do Movimento dos Sem Terra, na zona rural do município de Boa Nova, de onde fora expulso.
Cumprindo mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Carlos Alberto de Castro, uma equipe da 10ª Coorpin, acompanhada pela delegada Karla Rodrigues, que conduziu as investigações em Boa Nova, capturou o pedófilo em frente à sede da Escola Sorriso de Criança, localizada no bairro Alto Maron, em Vitória da Conquista. Indiciado em inquérito policial por atentado violento ao pudor, ele está custodiado no Disep (Distrito Integrado de Segurança Pública), devendo ser encaminhado nas próximas horas para o presídio regional.

Revistas eróticas

Segundo o delegado Odílson Pereira Silva, coordenador da 10ª Corpin, Raimundo Nonato guardava em seu barraco, na Fazenda Talimã, ocupada pelo MST, um saco contendo mais de 20 fotografias das duas irmãs, filhas de um casal de assentados. A maioria das imagens era da menina mais velha, com poses eróticas e sensuais, semelhantes às de revistas masculinas, mostradas por ele às crianças.
Raimundo Nonato pagava R$ 3,00 às crianças por cada foto, que diziam aos pais que tinham adquirido o dinheiro lavando pratos ou roupas no assentamento. A polícia chegou até o pedófilo através de denúncia encaminhada por integrantes do MST da Fazenda Talismã.
“Dois adolescentes do assentamento tiveram acesso ao barraco do educador aposentado e, ao verificarem o conteúdo do saco pendurado no local, mostraram as fotografias das crianças aos seus pais que, por sua vez, denunciaram o pedófilo à polícia”, informou a delegada Karla Rodrigues, substituta de Boa Nova. Segundo ela, as meninas foram submetidas a exames médicos, com o objetivo de saber se sofreram abuso sexual.

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